ESPIRITISMO: A TERCEIRA REVELAÇÃO.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Alma, Princípio Vital e Fluido Vital

Há outra palavra sobre a qual igualmente devemos entender-nos, porque é uma das chaves de toda doutrina moral e tem suscitado numerosas controvérsias, por falta de uma acepção bem determinada; é a palavra alma. A divergência de opiniões sobre a natureza da alma provém da aplicação particular que cada qual faz desse vocábulo. Uma língua perfeita, em que cada idéia tivesse a sua representação por um termo próprio, evitaria muitas discussões; com uma palavra para cada coisa, todos se entenderiam.
Segundo uns, a alma é o princípio da vida orgânica material; não tem existência própria e se extingue com a vida: é o puro materialismo. Nesse sentido e por comparação, dizem de um instrumento quebrado, que não produz mais som, que ele não tem alma. De acordo com esta opinião, a alma seria um efeito e não uma causa.
Outros pensam que a alma é o princípio da inteligência, agente universal de que cada ser absorve uma porção. Segundo estes, não haveria em todo o universo senão uma única alma, distribuindo fagulhas para os diversos seres inteligentes, durante a vida; após a morte, cada fagulha volta à fonte comum, confundindo-se no todo, como os córregos e os rios retornam ao mar de onde saíram. Esta opinião difere da precedente em que, segundo esta hipótese, existe em nós algo mais do que a matéria, restando qualquer coisa após a morte; mas é quase como se nada restasse, pois não subsistindo a individualidade não teríamos mais consciência de nós mesmos. De acordo com esta opinião, a alma universal seria Deus e cada ser uma porção da Divindade; é esta uma variedade do Panteísmo.
Segundo outros, enfim, a alma é um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva a sua individualidade após a morte. Esta concepção é incontestavelmente a mais comum, porque, sob um nome ou outro, a idéia desse ser que sobrevive ao corpo se encontra em estado de crença instintiva, e independente de qualquer ensinança, entre todos os povos, qualquer que seja o seu grau de civilização. Essa doutrina, para a qual a alma é causa e não efeito, é a dos espiritualistas.
Sem discutir o mérito dessas opiniões e não considerando senão o lado lingüístico da questão, diremos que essas três aplicações da palavra almaconstituem três idéias distintas, que reclamariam cada uma um termo diferente.
Essa palavra tem, portanto, significação tríplice, e cada qual está com a razão, segundo o seu ponto de vista ao lhe dar uma definição; a falha se encontra na língua, que não dispõe de mais de uma palavra para três idéias. Para evitar confusões, seria necessário restringir a acepção da palavra alma a uma de suas idéias. Escolher esta ou aquela é indiferente, simples questão de convenção, e o que importa é esclarecer. Pensamos que o mais lógico é tomá- la na sua significação mais vulgar, e por isso chamamos ALMA ao ser imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao corpo. Ainda que este ser não existisse e não fosse mais que um produto da imaginação, seria necessário um termo para designá-lo.
Na falta de uma palavra especial para cada uma das duas outras idéias, chamaremos:
Princípio vital, o princípio da vida material e orgânica, seja qual for a sua fonte, que é comum a todos os seres vivos, desde as plantas ao homem. A vida podendo existir, sem a faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e independente. A palavra vitalidade não daria a mesma idéia. Para uns, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz quando a matéria se encontra em dadas circunstâncias; segundo outros, e essa idéia é a mais comum, ele se encontra num fluido especial, universalmente espalhado, do qual cada ser absorve e assimila uma parte durante a vida, como vemos os corpos inertes absorverem a luz. Este seria então o fluido vital, que, segundo certas opiniões, não seria outra coisa senão o fluido elétrico animalizado, também designado por fluido magnético, fluido nervoso etc.
Seja como for, há um fato incontestável, pois resulta da observação: é que os seres orgânicos possuem uma força íntima que produz o fenômeno da vida, enquanto essa força existe; que a vida material é comum a todos os seres orgânicos, e que ela independe da inteligência e do pensamento; que a inteligência e o pensamento são faculdades próprias de certas espécies orgânicas; enfim, que, entre as espécies orgânicas dotadas de inteligência e pensamento, há uma dotada de um senso moral especial que lhe dá incontestável superioridade perante as outras, e que é a espécie humana.
Compreende-se que, com uma significação múltipla, a alma não exclui o materialismo, nem o panteísmo. Mesmo o espiritualista pode muito bem entender a alma segundo uma ou outra das duas primeiras definições, sem prejuízo do ser material distinto, ao qual dará qualquer outro nome. Assim, essa palavra não representa uma opinião: é um Proteu, que cada qual ajeita a seu modo, o que dá origem a tantas disputas intermináveis.
Evitaríamos igualmente a confusão, mesmo empregando a palavra alma nos três casos, desde que lhe ajuntássemos um qualificativo para especificar a maneira pela qual a encaramos ou a aplicação que lhe damos. Ela seria então um termo genérico, representando ao mesmo tempo o princípio da vida material, da inteligência e do senso moral, que se distinguiriam pelo atributo, como o gás, por exemplo, que se distingue ajuntando-se-lhe as palavrashidrogênio, oxigênio e azoto. Poderíamos dizer, e talvez fosse o melhor, a alma vital para designar o princípio da vida material, a alma intelectual para o princípio da inteligência, e a alma espírita para o princípio da nossa individualidade após a morte. Como se vê, tudo isto é questão de palavras, mas questão muito importante para nos entendermos. Dessa maneira, a alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas, animais e homens; a alma intelectual seria própria dos animais e dos homens, e a alma espírita pertenceria somente ao homem.
Acreditamos dever insistir tanto mais nestas explicações, quanto a Doutrina Espírita repousa naturalmente sobre a existência em nós de um ser independente da matéria e que sobrevive ao corpo. Devendo repetir freqüentemente a palavra alma no curso desta obra, tínhamos de fixar o sentido em que a tomamos, a fim de evitar qualquer engano.
Fonte : Livro dos Espíritos

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Espírita, espiritualista, espiritista, espiritualizado...o que realmente sou ?!!!

Bem, já faz algum tempo que venho tentando disponibilizar um estudo do Livro dos Espíritos, numa visão mais simples e de fácil leitura, mas na falta de tempo sempre fico nas tentativas. Agora resolvi tornar esse projeto em realidade, não que agora eu tenha mais tempo, mas, resolvi me organizar pra isso, pois dessa maneira, quem sabe eu consiga compreender mais sobre essa Doutrina que tem me norteado todos os dias de minha vida.

Baseado na leitura deste livro que é considerado o “Manual dos Espíritas” e nas várias aulas e palestras que tive no decorrer da minha vida, tentarei de uma forma bem popular desvendar os segredos de Allan Kardec.

Vale lembrar que quem está fazendo esse estudo sou eu, portanto, teremos uma boa dose de pensamentos e posições minhas. Qualquer pensamento contrário será banido desse Blog...hehehehe, brincadeirinha, espero que gostem e postem comentários, seria maravilhoso ler outras linhas de pensamento, assim poderemos compartilhar o que aprendemos e juntos aprender mais e mais.

Se você tem o Livro dos Espíritos em mãos, poderá verificar que o título dessa matéria é abordado logo no início, nas próximas postagens falaremos um pouco sobre Alma e daremos início aos estudos da Doutrina Espírita, nada mais justo do que começar pelo começo não é ?

Pois bem, em algum momento em nossas vidas, queremos entender melhor algumas coisas, e uma das questões que nos aflige é:

- O que realmente sou ?

Pergunta difícil né, mas, já fica mais fácil se conseguirmos definir que tipo de filosofia seguimos pra nos melhorar. Algumas pessoas só de ouvirem falar a palavra espiritismo, já saem correndo fazendo o sinal da cruz, como se aquela pessoa que se define como Espírita fosse um mendigo lazarento cheio de chagas.

Ora, não cabe o nós julgá-la, pois, na Doutrina aprendemos que cada um tem seu tempo, de acordo com seu grau de entendimento, não que os espíritas são os melhores seres do planeta, mas, nós temos a OPORTUNIDADE  para sermos, colocando em prática tudo o que aprendemos. Deus não nos dá a felicidade, Ele nos dá a OPORTUNIDADE para sermos felizes, basta colocarmos a felicidade em nossas vidas.

Assim é com tudo. Ganhamos oportunidades a todo momento, e, de acordo com o tempo, o entendimento e o merecimento de cada um, conseguimos aproveitar essas oportunidades.
Se tivemos a OPORTUNIDADE de conhecer a Doutrina Espírita, é porque temos o merecimento e de acordo com o nosso tempo e entendimento, vamos, passo a passo, trilhar O Caminho dos Tijolos Amarelos pra voltar pra casa, ou seja, nosso verdadeiro Lar.

O Livro dos Espíritos define espiritual, tudo aquilo que não é material, ou seja, o espiritualismo é o oposto do materialismo. Qualquer pessoa que acredite na vida fora da matéria, é espiritualista, acredita em algo mais do que só aquilo que consegue ver.

Podemos dizer então que somos Espíritas, pois, seguimos a Doutrina Espírita que tem a relação do mundo material com o mundo Espiritual ou os Espíritos como princípio.

Segue abaixo o trecho do Livro dos Espíritos que nos define:
 
“ ... assim exige a clareza de uma língua, para evitar a confusão que ocorre quando uma palavra tem múltiplo sentido. As palavras espiritual, espiritualista,  espiritualismo têm um significado bem definido, e acrescentar-lhes uma nova significação para aplicá-las à Doutrina dos Espíritos seria multiplicar os casos já tão numerosos de palavras com duplo sentido. De fato, o espiritualismo é o oposto do materialismo, e qualquer um que acredite ter em si algo além da matéria é espiritualista, embora isso não queira dizer que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo material. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, utilizamos, para designar a crença nos Espíritos, as palavras espírita e Espiritismo, que lembram a origem e têm em si a raiz e que, por isso mesmo, têm a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, reservando à palavra espiritualismo sua significação própria. Diremos que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio a relação do mundo material
com os Espíritos ou seres do mundo espiritual. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas ou, se quiserem, os espiritistas. Como especialidade, o Livro dos Espíritos contém a Doutrina
Espírita; como generalidade, liga-se ao espiritualismo num dos seus aspectos. Esta é a razão por que traz, no início de seu título, as palavras: “filosofia espiritualista”. “


E aí, deu pra tirar as nuvens da cabeça ? Já deu pra se definir como Espírita ?
Se chegou até aqui, é porque você procura por algo mais, na próxima postagem vou falar um pouco sobre a alma, sua definição, de onde ela vem, pra onde vai... essas coisas que só doido entende !!!

Vocês podem ler também as postagens anteriores que traz um pouco da história de Chico Xavier e Jerônimo Mendonça. Não postei a bibliografia deles para venerá-los, mas sim para que sirvam de exemplo e nos mostrem o quanto nossos problemas são pequenos e ainda insistimos em reclamar.

Fiquem na paz.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Jerônimo Mendonça...O Gigante Deitado !!!

  Jerônimo Mendonça Ribeiro nasceu em Ituiutaba, MG, no dia primeiro de novembro de 1939, tendo desencarnado em 25 de Novembro de 1989. Filho de Altíno Mendonça e Antonia Olímpia de Jesus, sendo nono filho de uma irmandade de dez filhos, teve uma infância pobre e cheia de privação. Seus pais eram muito pobres e  analfabetos, lutavam arduamente pela sobrevivência: a mãe lavando roupa para fora e o pai fazendo “bicos” pelas fazendas; conta em uma de suas histórias com muito humor, que o único par de sapatos que teve em sua adolescência foi achado no lixo, quando tentava entrar no cinema. 

 
    Com treze anos foi levado a conhecer a igreja presbiteriana, foi protestante até os 15 anos, era um membro ativo, dava até palestras. Após a desencarnação de sua avó, começou a se debater mentalmente no problema cruciante da morte e do destino da alma, tendo ele um espírito indagador, não se sujeitou aos horizontes estreitos da igreja no que tange a crença em Deus, o conceito de uma vida única e de uma salvação limitada.

    A amizade com um espírita fê-lo converter-se à doutrina espírita. O amigo esclareceu-lhe as dúvidas da vida além-túmulo e conseguiu acalmá-lo.Já na puberdade, Jerônimo começou a sentir dores nas articulações, especialmente nos joelhos e tornozelos. Esses pontos de seu corpo passaram a “inchar” e já aos dezoito anos andava com dificuldade.

    Teve vários empregos, porém as dores agravaram, não lhe deram tréguas e o impediram de permanecer por muito tempo num mesmo trabalho, sendo assim era sempre obrigado a se afastar. Foi ele balconista, entregador de jornal, redator-chefe de uma revista e professor. Seu passatempo preferido era o cinema, era fascinado pelo Tarzan, sendo este o seu apelido. Enquanto sua saúde lhe permitiu, participou ativamente das excursões com os jovens de uma Mocidade Espírita, estava ele com dezesseis anos. 

    Desde jovem já mostrava interesse pelo espiritismo, freqüentando o Centro Espírita que tinha na cidade. E isto foi de grande auxílio para ele, pois aos 18 anos de idade se defrontava com uma das primeiras grandes provações que tinha de vencer, passou a sofrer uma doença, não muito rara, a artrite reumatóide, que causava enormes dores e dificuldade de locomoção, quadro este que foi se agravando até que aos 20 anos de idade ficou definitivamente de cama. 

     Certo dia foi ao cinema assistir “... E o Vento Levou”, mas não havia nenhuma poltrona vazia. Jerônimo ficou quatro horas em pé no fundo da sala e ao terminar o filme estava petrificado, com grande vibração de dor nos membros inferiores. Foi aí que começou a jornada dolorosa e difícil da paralisia, como ele mesmo conta em sua autobiografia. 

     Passou três meses deitado, plenamente impossibilitado de se locomover. Depois usou muletas por algum tempo enquanto ia lecionar. Porém, acabou mesmo tendo que ficar numa cama ortopédica, acometido de artrite reumatóide progressiva. O quadro enfermiço de Jerônimo era tão desolador que mesmo sob efeito de medicamentos, seus amigos tiveram que fabricar uma cama especial e colocar sobre seu peito um saco de areia de 30 kilos para que ele pudesse suportar a dor. 

    Recebeu de um amigo a doação de uma Kombi para poder ser levado às palestras. Jerônimo tornou-se orador espírita. Podemos dizer que ele conseguiu transformar seu leito numa tribuna ambulante (deu palestras pelo Brasil todo) e por meio dela conseguiu realizar um grande e valioso trabalho. 

    Quem o conheceu afirma que ele estava sempre rindo, gostava de um bom papo e de cantar também. Certa vez, o Dr. Fritz disse-lhe que ele tinha a doença de três cês – cama, carma e calma. Os amigos sempre levavam Jerônimo ao cinema e também a outros lugares para se distrair.

    Estando, certa ocasião, justamente num cinema, uma moça tropeçou em sua cama e “explodiu”: “Mas não é possível! Aonde eu vou, está o aleijado! Vou a uma festa, o aleijado lá! Esse aleijado me persegue! Aonde eu vou, ele está!”. Jerônimo pensou consigo: “E agora?! A moça está revoltada, nervosa mesmo. Tenho que lhe dar uma resposta, mas não quero irritá-la mais ainda. O que dizer?” E saiu com essa: “Mas também, minha filha, você não pára em casa, hein!”. Ela olhou-o atônita e começou a rir. Riram juntos. Ficaram amigos. 

    Permaneceu assim cerca de trinta e dois anos preso ao leito, paralítico e com a agravante perda da visão. Quase não dormia, aproveitou para estudar bastante o Espiritismo. Quando ficou cego amigos liam para ele. Nunca lhe faltaram bons amigos. Mas certa vez, um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele respondeu assim: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”. Em outra ocasião, ele disse: “Casei-me com a Doutrina Espírita no civil e com a dor no religioso”. 

Eis alguns casos da vida desse vulto do espiritismo: 

1 - Por ocasião de um “enterro”, quando o cortejo seguia para o cemitério, sua Kombi estava logo atrás. Retirado o caixão, quando as pessoas se dirigiam para o local, um alcoolizado que passava, vendo os amigos lhe carregando a cama, exclamou: “Nossa! Dois defuntos! Esqueceram o caixão deste!”. Ele aprendeu a não se revoltar com comentários infelizes. Gostava de citar uma frase de Cairbar Schutel: “Melindres é orgulho ferido”. 

2 - Numa palestra de Divaldo Pereira, a cama de Jerônimo estava em evidência, na frente, para não atrapalhar os que quisessem passar. Em certo momento, aproximou-se um homem alcoolizado, ou seja, bêbado, na linguagem comum. Disse-lhe: “Paralítico, levanta-se e anda!” E Jerônimo lhe disse – “Depois, meu amigo, depois”. Temia Jerônimo que a cena fosse notada e atrapalha-se a palestra “paralítico, levanta-te e anda!”, insistiu o bêbado. “Bem que eu queria, mas não consigo”, falou baixo o Jerônimo, tentando chamar o homem à razão. O bêbado saiu desconsolado: “Oh, homem de pouca fé!”. 

3 - Ele costumava ser requisitado para a prece de despedida por ocasião da desencarnação de conhecidos. Um dia, próximo ao túmulo, coube-lhe a palavra. Depois emocionadas, as pessoas foram saindo, conversando. Esqueceram-no no cemitério. Altas horas da noite, quando os amigos foram visitá-lo em casa e ele não estava, é que se lembraram do cemitério, indo buscá-lo. Em ocasiões como essa, exercitava a resignação. Tinha que esperar que se lembrassem dele, até para um cafezinho ou um copo de água. 

4 - Um certo dia um Senhor foi orientado pela irmã de Jerônimo, para que esse fosse fazer uma visita a seu irmão, e assim o fez. Quando chegou a casa ele foi convidado a entrar e, ouvindo o barulho do pessoal nos fundos da casa, para lá se dirigiu. As gargalhadas do Jerônimo sobressaíam à distância. O homem estava tão desesperado que ao ouvir os risos virou-se a D.Terezinha e disse, revoltado: - “É esse homem que ira me confortar?”. Fez-se silêncio o senhor foi chamado e apresentado.
– “Jerônimo, aqui está um senhor que veio de São Paulo só para conversar com você. Por certo, desejará fazê-lo sozinho”. Os jovens se retiraram, e o senhor tomou a palavra:
- “Olha moço, eu era uma pessoa muito rica até uma semana atrás. Eu tinha uma fazenda com eletricidade, com todo conforto da vida moderna, até campo de aviação. Tinha tudo. Fui tão incauto, que ao fazer a venda da fazenda passei a escritura e recebi uma nota fria”.O Jerônimo estranhou o que era uma nota fria.
– “Uma duplicata sem valor. Eu não tive nem condições de reclamar. O advogado falou que era perca de tempo.” "A minha família antes se tolerava, porque nós conversávamos por bilhetes, eu nos meus weekends, a minha esposa nos seus chás, e os filhos, iam onde queriam. Agora, todos vêm em cima de mim, me cobrando o conforto, me cobrando a fazenda; eu não resisto a essa situação. Estava na farmácia justamente comprando um remédio para dar fim à minha vida, quando apareceu um amigo, que perguntou: ”Para que você quer isso?”. Como ele sabia do negócio que eu fiz e do meu desespero, ele falou: ”Eu não admito que você compre esse remédio!” Eu respondi: ”Como? Você não manda na minha vida!”
 
- Aí ele me disse: “Eu vou deixar, sim, você cuidar de sua vida, se você me prometer que vai conversar com o Jerônimo Mendonça, em Intuiutaba. Eu lhe dou a passagem”.

- Ele me deu a passagem, aqui estou eu, mas acho que eu perdi tempo, porque você é uma pessoa feliz, que não sabe o que é o sofrimento alheio. 
- O Jerônimo lhe respondeu: “Meu amigo, você é uma pessoa que realmente está sofrendo. Você perdeu uma fazenda maravilhosa, mas vamos supor que essa criatura que lhe comprou a fazenda voltasse agora e lhe perguntasse: “Você quer trocar a fazenda por um olho seu?”
- Ah! Jerônimo, que bobagem é essa, isso é conversa que se fale.
- Não, o olho não, o olho é muito precioso, então vamos supor... Um braço. 

 
- Ah! Mas que bobagem! Que conversa! Onde já se viu isso?

- Oh meu amigo! Eu cheguei à conclusão que você não é pobre, você não é miserável. Você é arquimilionário das bênçãos de Deus. O homem ao sair dali mudou seu modo de pensar, sempre que podia voltava para trocar idéias com Jerônimo, e acabou se tornando um trabalhador da seara espírita.
   Paralisado numa cama ortopédica por 30 anos, movendo apenas a boca e os olhos – embora também cego – tornou-se conhecido como o Gigante Deitado, face à extensão de suas obras em torno do ideal espírita e do amor ao próximo. Afinal, embora sua extrema limitação física publicou vários livros, fundou instituições e percorreu o Brasil proferindo palestras, consolando almas e fornecendo na própria condição exemplos de coragem e determinação no bem.

     Sua voz forte, seu ânimo inquebrantável, apesar das dores que sentia em função de problemas cardíacos e da própria paralisia total dos membros, fizeram-no conhecido, respeitado, querido e sempre requisitado para palestras e diálogos com grandes ensinamentos, incentivando obras de causas sociais e de divulgação do Espiritismo. Para qualquer pessoa que o tenha conhecido, tornou-se impossível esquecê-lo, especialmente porque a bondade de suas palavras, a confiança em Deus que transmitia, os exemplos de fé sempre foram contagiantes. 

Escreveu os livros

Crepúsculo de um Coração,

Cadeira de Rodas,

Nas pegadas de um Anjo,

Escalada de Luz,

De mãos dadas com Jesus

Quatorze anos depois (em co-autoria).

 
 Por sua vez, Jane Martins Vilela publicou a importante obra biográfica O Gigante Deitado (ed. O Clarim) e Maria Gertrudes assinou Jerônimo Mendonça – Sua Vida e sua Obra, tendo organizado também Flores do Coração, de autoria de Jerônimo. 

Infelizmente, a maioria das obras desse autor encontram-se presentemente esgotadas. A Petit lançou o excelente Asas da Liberdade, na psicografia de Célia Xavier Camargo e assinado pelo mesmo e querido Jerônimo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chico Xavier...um exemplo de humanidade.

Primeira infância

Nascido no seio de uma família humilde, era filho de João Cândido Xavier, um modesto vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma dona de casa católica e piedosa.

Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre Ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles.

Os abusos da madrinha

A mãe faleceu quando Francisco tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo". Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo, Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem comunicava desde os cinco anos de idade o menino viu-o após uma prece, junto à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus" ao filho.

A madrinha ainda criava outro filho adotivo, Moacir, que sofria de uma ferida incurável na perna. Rita decidiu seguir a simpatia de uma benzedeira, que consistia em fazer uma criança lamber a ferida durante três sextas-feiras em jejum, sendo a tarefa atribuída ao pequeno Francisco. Revoltado com a imposição, Francisco conversou novamente com o espírito da mãe, que lhe aconselhou a "lamber com paciência". O espírito explicou-lhe que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a ira da madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os espíritos se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de Moacir, Rita de Cássia melhorou o tratamento dado a Francisco.

A madrasta

O seu pai casou-se novamente, e a nova madrasta, Cidália Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco tinha então sete anos de idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta, o menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Francisco, para ajudar nas despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da casa.

Na escola, como na igreja, as faculdades paranormais de Francisco continuaram a causar-lhe problemas. Durante uma aula do 4º ano primário, afirmou ter visto um homem que lhe ditou as composições escolares, mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não se importou. Uma redação sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de composições escolares comemorativas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Enfrentou o ceticismo dos colegas, que o acusaram de plágio, acusação essa que sofreu durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Francisco submeteu-se ao desafio de improvisar uma redação (com o auxílio de um espírito) sobre um grão de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.

A madrasta Cidália pediu a Francisco que se aconselhasse com o espírito da falecida mãe dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da horta, conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos.

Assustado com a mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo. O padre Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a internação, tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as leituras (tidas como motivo para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho. Francisco, então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou seqüelas para o resto da vida.

No ano de 1924 terminou o antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de trabalho, empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários extensos. Apesar de católico devoto e das incontáveis penitências e contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter visões e nem de conversar com espíritos.

O contato com a Doutrina Espírita

Em 1927, então com dezessete anos de idade, Francisco perdeu a madrasta Cidália, e se viu diante da insanidade de uma irmã, que descobriu ser causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação de um amigo, Francisco iniciou-se no estudo do espiritismo. No mês de maio desse mesmo ano recebeu nova mensagem de sua mãe, na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o cumprimento de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em um simples barracão de madeira de propriedade de um seu irmão. Em julho, por orientação dos espíritos seus mentores, iniciou-se na prática da psicografia, escrevendo 17 páginas. Nos quatro anos subseqüentes aperfeiçoou essa capacidade embora, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, ela somente tenha ganho maior clareza em finais de 1931. Desse modo, pela sua mediunidade começaram a manifestar-se diversos poetas falecidos, somente identificados a partir de 1931. Em 1928 começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal.

As primeiras obras

Em 1931, em Pedro Leopoldo, iniciou a psicografia da obra "Parnaso de Além-Túmulo". Esse ano, que marca a "maioridade" do médium, é o ano do encontro com seu mentor espiritual Emmanuel, "...à sombra de uma árvore, na beira de uma represa..." (SOUTO MAIOR, 1995:31). O mentor informa-o sobre a sua missão de psicografar uma série de trinta livros, e explica-lhe que para isso são lhe exigidas três condições: "disciplina, disciplina e disciplina". Severo e exigente o mentor instruiu-o a manter-se fiel a Jesus e a Kardec, mesmo na eventualidade de conflito com a sua orientação.

Em 1932 foi publicado o "Parnaso de Além-Túmulo" pela Federação Espírita Brasileira (FEB). A obra, coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e portugueses, obteve grande repercussão junto à imprensa e à opinião pública brasileira, e causou espécie entre os literatos brasileiros, cujas opiniões se dividiram entre o reconhecimento e a acusação de pastiche. O impacto era aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por um "modesto caixeirinho" de armazém do interior de Minas Gerais, que mal completara o primário. O espírito de sua mãe aconselhou-o a não responder aos críticos.

Os direitos autorais das suas obras são concedidos à FEB. Neste período inicia a sua relação com Manuel Quintão e Wantuil de Freitas. Ainda neste período descobriu ser portador de uma catarata ocular, problema que o acompanhou o resto da vida. Os espíritos seus mentores, Emmanuel e Bezerra de Menezes, orientam-no para tratar-se com os recursos da medicina humana e não contar com quaisquer privilégios dos espíritos. Continua com o seu emprego de caixeiro e a exercer as suas funções no Centro Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e psicografando as obras do Além. Paralelamente, inicia uma longa série de recusas de presentes e distinções, que também perdurará por toda a vida, como por exemplo, a de Fred Figner, que lhe legou vultosa soma em testamento, repassada pelo médium à FEB. Com a notoriedade, prosseguem os ataques de adversários que tentam desmoralizá-lo, e de inimigos espirituais, que buscam atingi-lo com fluidos negativos e tentações.

O processo da viúva de Humberto de Campos

No decorrer da década de 1930, destacaram-se ainda a publicação dos romances atribuídos a Emmanuel e da obra "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", atribuída ao espírito de Humberto de Campos, onde a história do Brasil é interpretada de forma mítica e teológica. Esta última obra trouxe como consequência uma ação judicial movida pela viúva do escritor, que pleiteou por essa via direitos autorais pelas obras psicografadas, caso se confirmasse a autoria do famoso escritor maranhense. A defesa do médium foi suportada pela FEB, e resultou, posteriormente, no clássico "A Psicografia Perante os Tribunais", do advogado Miguel Timponi. Em sua sentença, o juiz decidiu que os direitos autorais referiam-se à obra reconhecida em vida do autor, não havendo condição do tribunal se pronunciar sobre a existência ou não da mediunidade. Ainda assim, para evitar possíveis futuras polêmicas, o nome do escritor falecido foi substituído pelo pseudônimo "Irmão X".

Neste período, Francisco ingressou no serviço público federal, como Auxiliar de Serviço no Ministério da Agricultura. Como curiosidade, refere-se que, em toda a sua carreira como funcionário público, não existe registro de qualquer falta ao serviço.

Nosso Lar

Em 1943 vem a público uma das obras mais populares da literatura espírita no país, o romance "Nosso Lar", o mais vendido e divulgado da extensa obra do médium. Este é o primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito André Luiz.

Neste período, a celebridade de Chico Xavier é crescente, e cada vez mais pessoas o procuram em busca de curas e mensagens, transformando a pequena cidade de Pedro Leopoldo, em um centro informal de peregrinação. Tendo morrido na miséria o seu antigo patrão, José Felizardo, o médium empenha-se em arranjar-lhe um sepultamento digno, pedindo doações de casa em casa para esse fim. De acordo com o seu biógrafo Ubiratan Machado, "...até mesmo um mendigo cego doou-lhe toda a féria do dia". (MACHADO, 1996:53).

O caso Amauri Pena


Em 1958 o médium viu-se no centro de uma nova polêmica, desta vez por conta das denúncias de um sobrinho, Amauri Pena, filho da irmã curada de obsessão. O sobrinho, ele mesmo médium psicógrafo, anunciou-se pela imprensa como falso médium, um imitador muito capaz, acusação que estendeu ao tio. Chico Xavier defendeu-se, negando ter qualquer proximidade com o sobrinho. Já com antecedentes de alcoolismo e com sérios remorsos pelos danos causados à reputação do tio, Amauri foi internado num sanatório psiquiátrico em São Paulo, onde veio a falecer.

A parceria com Waldo Vieira

No mesmo período, Chico Xavier conheceu o jovem médico e médium Waldo Vieira, em parceria com quem psicografou diversas obras em comum, até à ruptura de ambos, alguns anos depois.

Em 1959 estabeleceu residência em Uberaba, onde viveu até ao fim de seus dias. Continuou a psicografar inúmeras obras, passando a abordar os temas que marcam a década de 1960, como o sexo, as drogas, a questão da juventude, a tecnologia, as viagens espaciais e outros. Uberaba, por sua vez, tornou-se centro de peregrinação informal, com caravanas a chegar diariamente, de pessoas com esperança de um contato com parentes falecidos. Neste período popularizam-se os livros de "mensagens": cartas ditadas a familiares por espíritos de pessoas comuns. Prosseguem também as campanhas de distribuição de alimentos e roupas para os pobres da cidade.

Em 22 de maio de 1965 Chico Xavier e Waldo Vieira viajaram para Washington, Estados Unidos, a fim de divulgar o espiritismo no exterior. Com a ajuda de Salim Salomão Haddad, presidente do centro Christian Spirit Center, e sua esposa Phillis, estudaram inglês e lançaram o livro "Ideal Espírita", com o nome de "The World of The Spirits".

As entrevistas no programa televisivo Pinga-Fogo


No alvorecer da década de 1970, Chico participou de programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Nessa década, além da catarata e dos problemas de pulmões, passou a sofrer de angina. Passou ainda a ajudar pessoas pobres com o dinheiro da vendagem de seus livros, tendo para tanto criado uma fundação.

As décadas de 1980 e 1990

Em 1981 foi proposto para o Prêmio Nobel da Paz, que não ganhou. Neste período a sua fama ampliou-se no exterior, com diversas de suas obras sido vertidas em diversas línguas, assim como ganhou adaptações para telenovelas.

Ao final da década de 1990 o médium contava com mais de 400 títulos de livros psicografados. Nesse período estimava-se em aproximadamente 50 milhões os livros espíritas circulando no Brasil, dos quais 15 milhões eram atribuídos a Chico Xavier e 12 milhões a Kardec (SANTOS, 1997:89).

No ano de 1994 o tablóide estadunidense National Examiner publicou uma matéria em que, no título, declarava que "Fantasmas escritores fazem romancista milionário". A matéria foi alardeada no Brasil com destaque pela hoje extinta revista Manchete, com o título de "Secretário dos Fantasmas", onde se declarava que, segundo informava a "National Examiner", o médium brasileiro ficou milionário, havendo ganho 20 milhões de dólares como "secretário de fantasmas". A revista Manchete continuava: "Segundo o jornal, ele é o primeiro a admitir que os 380 livros que lançou são de 'ghost-writers', mas 'ghosts' mesmo, em sentido literal", concluindo "Chico simplesmente transcreve as obras psicografadas de mais de 500 escritores e poetas mortos e enterrados."

O médium não respondeu, mas a FEB, por seu então Presidente Juvanir Borges de Souza, editora de boa parte das obras de Chico Xavier, enviou uma carta à revista em que informava utilizar os direitos autorais e remuneração pelas obras de Francisco Cândido Xavier, para uso da caridade, o mesmo se passando com outras editoras, ressaltando que "os direitos autorais são cedidos gratuitamente, visando tornar o livro espírita bastante acessível e contribuir, destarte, para a difusão da Doutrina Espírita."

O mesmo Presidente da FEB, em 4 de outubro daquele ano, por ocasião do I Congresso Espirita Mundial, apresentou uma "moção de reconhecimento e de agradecimento ao médium Francisco Cândido Xavier", aprovada pelo Conselho Federativo Nacional da FEB, em proposta apresentada pelo Presidente da Federação Espírita do Estado de Sergipe. No documento, as entidades representativas do Espiritismo no Brasil devotavam a sua gratidão e respeito ao médium "pelos intensos trabalhos por ele desenvolvidos e pela vida de exemplo, voltados ao estudo, à difusão e à prática do Espiritismo, à orientação, ao atendimento e à assistência espiritual e material aos seus semelhantes".

Falecimento

O médium faleceu aos 92 anos de idade em decorrência de parada cardio respiratória. Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo FIFA de 2002 no dia de seu falecimento.

Antes de sua morte, ele havia deixado uma espécie de código com pessoas de sua confiança para que pudessem ratificar a sua presença quando houvesse um contato. Já nos aproximamos do décimo ano de sua morte e nenhum contato confirmando o código foi feito até ao momento.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Chico Xavier


Fonte: Wikipedia